Crianças com TDA/TDAH

Crianças são inteligentes, criativas e profundamente sensíveis. É importante entender que são crianças sadias com necessidades incomuns, exigindo, pois, uma compreensão especial e bem mais profunda.

É essencial que os pais observem na criança os sinais que antecedem confrontos emocionais e intervenham prontamente. Um indicador-chave é a expressão facial que reflete um crescente nível de frustração e a incapacidade de lidar com determinada situação.

Nunca antes a família humana se confrontou com problemas, pressões e ansiedades tão enormes como as que afligem o mundo moderno. Os tempos são diferentes, as demandas são mais intensas, e exige-se mais das crianças.

O livro Good Kids, Bad Behavior (Boas Crianças, Mau Comportamento): “Muitos dos problemas que as crianças aparentemente enfrentam podem ser causados ou influenciados por expectativas sociais que estão mudando.”

Crianças com TDA/TDAH ou que por outros motivos são rotuladas de “difíceis” tipicamente reagem de maneira bem veemente diante de problemas. Tendem a atingir depressa um estado explosivo, deixando os pais irritados, desnorteados e exauridos.

Para crianças com TDA/TDAH, a escola pode ser um pesadelo. Enquanto lutam para vencer as suas próprias inaptidões, são obrigadas a se adaptar a uma explosão de progressos tecnológicos em rápidas transformações, num clima que pode parecer tanto hostil como perigoso, aumentando a ansiedade dessas crianças. Emocionalmente, são imaturas demais para lidar com todos esses problemas. Precisam da ajuda dos pais.

Na educação de uma criança com TDAH é de importância vital estimular o comportamento apropriado e dar alertas pelo mau comportamento. Quanto mais estruturado e coerente você puder ser, melhores resultados verá. Estas declarações simples são provavelmente um fator-chave na educação de uma criança com TDAH. No entanto, visto que é preciso estar atento o dia todo, isso é mais fácil de dizer do que de fazer.

A maioria das pessoas não sabe que o TDAH afeta a capacidade da criança de controlar o seu comportamento e as suas reações. Muitos creem que essas crianças poderiam controlar seu período de atenção e seu comportamento, caso se esforçassem mais, e, quando fracassam, culpa-se os pais.

Temos de fazer concessões à disfunção e às limitações que o TDAH produz.

Possíveis recompensas pelo bom comportamento:

1. LOUVOR — elogios por uma tarefa bem feita; externar apreço pelo bom comportamento, acompanhados de carinho, abraços e expressão facial calorosa.

2. SISTEMA DE QUADRO — exposto num lugar bem visível, para nele afixar atraentes etiquetas adesivas, como, por exemplo, estrelinhas, para estimular o bom comportamento.

3. LISTA DE COISAS BOAS — de realizações aceitáveis e meritórias. Sempre que a criança faz algo bom, não importa quão pequeno de início, anote isso por escrito e leia-o a um membro da família.

4. BARÔMETRO DO COMPORTAMENTO — dependendo da idade da criança, deposite num pote uma balinha, ou algo similar, toda vez que a criança fizer algo bom (estímulo tangível). O objetivo é estabelecer um sistema de pontos para se dar uma recompensa que pode incluir algo que a família normalmente faria, como ir ao cinema, patinar ou comer num restaurante. Em vez de repisar à criança: “Se você não se comportar, não iremos”, tente dizer: “Se você se comportar, iremos.” A chave é mudar o pensamento negativo em pensamento positivo, permitindo ao mesmo tempo um tempo razoável para permitir uma mudança.

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